Porque Vargas implantou a ditadura?

Perguntado por: lesteves7 . Última atualização: 17 de julho de 2023
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A justificativa utilizada por Getúlio Vargas para dar um golpe e permanecer no poder era a suposta ameaça comunista de tirá-lo do poder e implantar uma ditadura do proletariado.

Oficialmente, a justificativa de Vargas para o golpe era a “ameaça comunista”, principalmente devido ao “Plano Cohen”, uma invenção — que depois foi comprovada — de integralistas, que diziam que comunistas tinham um “plano de tomar o poder no Brasil”.

Após a Intentona Comunista, Getúlio Vargas ampliou as medidas centralizadoras e autoritárias, o que resultou no Estado Novo. Essa fase constitucional da Era Vargas estendeu-se até novembro de 1937, quando Getúlio Vargas realizou um autogolpe, cancelou a eleição de 1938 e instalou um regime ditatorial no país.

Vargas ascendeu ao poder por meio da Revolução de 1930, foi eleito presidente de maneira indireta a partir de 1934, e, em 1937, implantou uma ditadura com censura e perseguição de opositores.

A posse de Castelo Branco ocorreu em 15 de abril de 1964, tendo permanecido na presidência até março de 1967. O presidente Castelo Branco iniciou o governo militar. Compôs o seu governo com predominância de políticos da UDN. Dizia que a intervenção tinha caráter corretivo e era temporária.

Era uma época marcada por forte sentimento nacionalista e pela centralização do poder estatal. Os ventos fascistas se faziam sentir no Brasil, através da Ação Integralista Brasileira (AIB), organização fascista liderada por Plínio Salgado, cujas ideias conservadoras eram resumidas no lema "Deus, Pátria e Família".

Provisório de quatro anos
Gaúcho de São Borja nascido em 1882, Getúlio era o candidato da oposição. Apoiado por um grupo de jovens militares, os tenentistas, que já vinham encabeçando motins contra o governo fazia uma década, ele liderou um golpe de Estado contra o vencedor, o governador de São Paulo Júlio Prestes.

Foi um governo que sofreu forte oposição da imprensa e dos militares, com acusações de corrupção. Seu maior legado para o Brasil foi a criação de grandes estatais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (atual BNDES) e o Banco do Nordeste, em 1952, e a Petrobrás, em 1953.

Governo Provisório (1930-1934)
Logo no início de seu governo, Vargas buscou romper os laços entre o Estado e as elites tradicionais que governavam até então. Para fazer isso, ele adotou políticas de centralização do poder, como o fechamento do Congresso, e a abolição da Constituição de 1891.

Getúlio Vargas usou o Plano Cohen como justificativa para o golpe de Estado que impôs a ditadura do Estado Novo a partir de 10 de novembro de 1937.

Vargas foi o responsável por iniciar efetivamente uma política industrial de substituição de importações. Seu governo priorizou a implantação de indústrias estatais para atuarem em setores estratégicos, especialmente na área de bens de produção e de infraestrutura.

O Estado Novo só teve fim em 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando Getúlio Vargas foi obrigado a renunciar o posto sob a ameaça de outro golpe de Estado.

Tratavam-na como solução para resolver questões referentes à economia, corrupção e segurança nacional. No entanto, os manifestantes que exigem este tipo de intervenção, normalmente, desconhecem as consequências que este ato traria para o direito democrático da sociedade.