Porque os judeus usam chapéu preto?

Perguntado por: emartins . Última atualização: 11 de julho de 2023
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Cobrir a cabeça expressa respeito e consciência que sempre há algo acima do homem. Esta obrigação não provém de nenhuma injunção bíblica, é um sinal de reverência a D'us (Tratado Shabat, 156b).

A mística judaica associa o conceito de propriedade da bondade à cor branca e à prata. O preto é associado pela cabalá ao conceito da propriedade da sabedoria; o preto, cabalisticamente, é a cor que inclui todas as cores: o preto e o púrpura escuro próximo do preto.

No judaísmo, os homens usam um kipá na cabeça, uma palavra hebraica cujo significado é “cúpula”. Também podem ser chamado de Solidéu.

O significado da palavra kipá é “arca”, em referência à Arca da Aliança, onde se guardavam as Tábuas da Lei de Moisés. Tal significado fica compreensível quando pensamos em seu formato. A kipá é um lembrete constante da presença de D'us.

O nome dos cachinhos é peiot, a palavra vem do plural de peá, que significa borda em hebraico. Muitos homens da comunidade ultraortodoxa usam as peiot por interpretarem uma lei da Torá, que proíbe raspar os pelos laterais do rosto, muito ao pé da letra, e por isso, preferem manter os pelos sem cortar.

É neste dualismo que se expressa a cor preta que remete para a ausência de luz e, simbolicamente, de esperança na salvação. Mas é também a cor que indica o resultado da punição de Deus cuja justiça envia os descrentes e os pecadores para a eterna condenação, marcando-os com o sinal punitivo da cor preta.

O sangue do animal deve ser completamente retirado, este processo é conhecido como kasherização. De forma alguma as carnes podem ser preparadas, servidas ou consumidas com leite ou seus derivados, assim como, não utilizar os mesmos utensílios para o preparo de carne e alimentos com leite.

Resposta: Na Torá, D'us relaciona duas exigências para um animal ser casher (apropriado para comer) para um judeu: animais devem ruminar e ter cascos fendidos. Porcos têm cascos fendidos, mas não ruminam, portanto não podemos comer carne de porco e seus derivados.

O preceito da vestimenta com franjas tem o propósito de associá-lo à consciência: vestimentas de quatro cantos são usadas como lembretes das obrigações, como se lê em Números 15:38-41 “(…) E será para vós por tzitzit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de Deus e os cumprireis (…)”.

Nos tempos talmúdicos, a prática de usar kipá era reservada para homens de grande proeminência. Nas gerações posteriores, porém, tornou-se costume aceito que todos os homens judeus usassem uma kipá em todos os momentos, especialmente durante a oração.