Por que empresas de varejo quebram?

Perguntado por: afogaca . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Por que tantas lojas gigantes quebram? Os problemas de ontem e hoje das gigantes do varejo são parecidos: má administração e a concorrência com empresas especializadas, diz Roberto Kanter, economista do Centro de Excelência em Varejo da FGV.

Juros, pandemia, gestão, digitalização: entenda cenário que desafia varejo hoje. O varejo brasileiro tem se deparado com episódios de pedidos de recuperação judicial, dívidas e falência. O mais significativo deles é o da Americanas, que agora busca manter sua operação e se recuperar de uma dívida de R$ 42,5 bilhões.

Nesse sentido, muitos fatores atuam, de forma coincidente, como obstáculos. Primeiramente, a combinação de endividamento alto e inadimplência da população tem impactado o consumo. Com muitas famílias sobrecarregadas com dívidas, o poder de compra é reduzido, levando a uma queda nas vendas.

Com a crise, sete empresas do varejo, que acumulam dívidas, fecharam 110 lojas físicas. Juros altos, endividamento, restrição ao crédito e erros de gestão são alguns dos motivos.

O varejo ainda enfrenta desafios estruturais no país. A carga tributária elevada, a burocracia e a infraestrutura precária são obstáculos que dificultam o crescimento do setor. Além disso, a concorrência acirrada e a necessidade de oferecer preços competitivos colocam pressão sobre as margens de lucro das empresas.

O consultor de negócios Carlos Rogério da Costa entende que a falta de capital de giro e o baixo volume de vendas são os principais motivos para o fechamento de pequenas e médias empresas.

Diversos fatores podem ter alguma influência em situações como essa, mas o principal, com certeza, é a falta de Governança e Gestão de Riscos.

2023 será um ano de preocupações
A previsão é de que se o medo da recessão aumentar, os consumidores vão de fato comprar menos, e por isso devem priorizar as marcas que estão associadas na sua mente a qualidade, valor e durabilidade. Comprarão menos, mas estão até dispostos a pagar mais por determinados produtos.

O futuro do varejo será de convergência total entre as lojas físicas e lojas online, com tecnologias inovadoras como Realidade Virtual (RV), Realidade Aumentada (RA), metaverso e web 3.0. Será um avanço inédito da transformação digital na economia e a criação de uma nova experiência do cliente.

No varejo do futuro, a tendência é que, cada vez mais, os consumidores priorizem a comodidade e o imediatismo. Assim, podemos esperar que, até 2025, não haja mais distinção entre lojas físicas e virtuais. O cliente da era atual deseja comprar online para receber em casa e em poucos dias, ou retirar em uma loja.

Entre as principais razões por que as empresas fecham, especialmente nos primeiros anos, estão questões variadas, ligadas a planejamento e gestão, mas também a questões de vendas, como precificação, análise de mercado e estruturação de equipes.

O primeiro semestre de 2023 está sendo de encolhimento de lojas das cinco grandes marcas

  • CINCO MARCAS. A partir de notícias envolvendo Renner, TaQi, Americanas, Tok&Stok e Marisa, o Portal Martin Behrend organizou um levantamento. ...
  • TAQI. ...
  • RENNER. ...
  • AMERICANAS. ...
  • MARISA. ...
  • TOK&STOK.

Temos uma recomendação Neutra para Via Varejo (VIIA3) e um preço-alvo de R$3,0/ação para o final de 2023.