Por que é tão difícil curar um câncer após metástase?

Perguntado por: oresende . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Após passar por todas essas etapas, as células que formam os novos tumores podem já não ser exatamente as mesmas que iniciaram o tumor primário, no entanto terão as características das células onde se originaram. Isso pode torná-las mais difícil de serem tratadas.

Metástase tem cura? A resposta depende do tamanho e da localização da metástase. De maneira geral, historicamente, as chances são baixas. Mesmo depois de longos tratamentos, basta uma célula cancerígena sobreviver no corpo para se espalhar, gerando novas lesões a outros tecidos do corpo.

Sim, é possível curar a metástase, dependendo do órgão ou órgãos que ela atingiu. Em geral, usa-se o tratamento à base de remédios, como quimioterapia ou uso de hormônios. A radioterapia pode servir para controlar sintomas como dor nos ossos ou sangramento. E não é difícil evitar que a condição surja.

Isso porque, há algumas décadas, metástase e recidiva eram sinônimo de terminalidade de uma vida, mas hoje, com a ciência e a medicina debruçadas no combate à doença, é absolutamente possível viver com câncer e controlá-lo assim como a outras doenças crônicas, como a hipertensão e diabetes.

Nesses mesmos dois períodos, a sobrevida de pacientes com metástase cerebral de tumor primário no pulmão saltou de 3 a 8 meses para 14 a 24 meses, enquanto naqueles com metástase de melanoma a sobrevida passou de 7 para 16 meses.

Quando esta célula atinge os ossos e se prolifera, ela forma a metástase óssea. A metástase, seja ela qual for, é considerada a complicação do câncer mais perigosa, pois ela caracteriza a propagação do câncer em outros locais do corpo, sendo assim mais difícil curar o câncer nesse estágio. Metástase óssea tem cura?

Se a metástase já estiver presente no momento do diagnóstico, opta-se por tratamentos sistêmicos, como quimioterapia, imunoterapia ou hormonioterapia. Depois, se os resultados esperados forem alcançados, o paciente pode ser submetido ao tratamento cirúrgico.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o Brasil deve registrar cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano, durante o período entre 2023 e 2025.

  • Dor nas costas, peito, cabeça, ossos ou articulações;
  • Dificuldade em urinar;
  • Dormência ou fraqueza em qualquer parte corpo;
  • Tosse seca;
  • Falta de ar ou dificuldade em respirar;
  • Perda de apetite;
  • Náuseas, vômitos ou perda de peso;
  • Convulsões.

Estágio IV
Esse é o estágio mais grave e com mínimas chances de cura. No estágio IV, o câncer já se espalhou para outros órgãos, afetou os linfonodos e atingiu profundamente os tecidos adjacentes. É conhecido como o grau avançado ou metastático da doença.

Parte do corpo mais atingidas pela metástase
Os locais mais comuns a serem afetados pela metástase à distância são os pulmões, fígados, ossos, e o cérebro.

Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo! O aparecimento de metástases ocorre quando as células cancerígenas se desprendem do tumor primário e entram na corrente sanguínea ou no sistema linfático, podendo circular pelo organismo e se estabelecer em outro órgão.

Câncer de pâncreas, de vesícula biliar, de esôfago, de fígado, de pulmão e de cérebro são os mais letais — ou seja, poucas pessoas sobrevivem cinco anos após o diagnóstico do tumor maligno. Quanto mais precoce o câncer for descoberto, mais eficiente será o tratamento e mais chances o paciente tem de sobreviver.

O tempo varia de acordo com a agressividade do tumor. No caso das doenças mais agressivas, pode levar poucas semanas, nas mais indolentes pode demorar muitos meses.

Estádio IV
É o estágio mais avançado na classificação numérica. O câncer já sofreu metástase, ou seja, espalhou para outras partes do corpo, além daquela em que surgiu. Sem esquecer que também atingiu os linfonodos e os tecidos próximos.