Pode tomar o anticoncepcional sem água?

Perguntado por: agil . Última atualização: 26 de setembro de 2023
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O correto é ingerir os medicamentos sempre com um copo cheio de água, pois outros líquidos podem interagir com o medicamento, diminuindo ou potencializando seu efeito.

Nunca ingira o remédio "a seco"
Para ele, o maior perigo é engolir cápsulas e comprimidos sem a ajuda de líquidos. "O remédio precisa descer. Sem a bebida, pode ficar preso no esôfago e até perfurar algum órgão", alerta.

5 Tomar sem água: ingerir a pílula com água não serve apenas para “descer” mais fácil, mas também evita que o comprimido possa grudar no esôfago podendo causar uma inflamação e até perder a eficácia. Isso serve para outros medicamentos em comprimido ou cápsula.

Barbitúricos. O fenobarbital (barbitúrico com propriedades anticonvulsivantes) e o tiopental (barbitúrico de curta duração indicado para a indução da anestesia geral e também indicado para o controle de convulsões) são outras drogas que podem diminuir o efeito dos contraceptivos orais.

Como Tomar Pilula Anticoncepcional
A pílula anticoncepcional deve ser tomada a partir do primeiro dia de menstruação. A partir de então, deve ser tomada todos os dias no mesmo horário. Caso seja uma pílula que tenha pausa deve ser tomada os 21 dias, feito a pausa de 7 dias e iniciada nova cartela após a pausa.

O medicamento pode ter a eficácia prejudicada quando não se segue o ciclo e dosagens recomendadas, ou seja, esquecer de tomar o comprimido. A cada dia de atraso ou esquecimento de tomar o anticoncepcional, aumenta o risco de se concretizar uma gravidez.

A partir de quanto tempo o anticoncepcional começa a fazer efeito? Para que o corpo feminino possa se adaptar totalmente as pílulas, leva o tempo de três cartelas, ou seja, três meses. É possível que o ciclo menstrual possa se mostrar mais ameno a partir da segunda ou terceira menstruação.

Independentemente da natureza química, uma orientação permanece: os fármacos orais devem ser ingeridos com um copo cheio de água. Além de ajudar na dissolução do fármaco, facilita a passagem pelo esôfago, evitando que o medicamento fique entalado na garganta.

Embora esmagar o comprimido para que fique mais fácil de engolir seja uma prática comum, o CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo) alerta que dividir, triturar ou dissolver medicamentos pode comprometer, sim, sua eficácia, principalmente os revestidos.

Não é bem assim. De fato, tomar remédios com o estômago vazio (pelo menos uma hora antes das refeições ou duas horas após ingerir alimentos) pode garantir absorção mais rápida e completa da medicação.

Lembre-se: 12 horas é considerado o período máximo de atraso. A recomendação dos ginecologistas é não extrapolar as 2 horas para não cultivar um hábito de esquecimento.

Se até 4 horas após ter ingerido a pílula você apresentar vômitos ou quadro de diarreia intensa, por exemplo, os hormônios presentes na pílula podem não ser adequadamente absorvidos pelo organismo, o que causaria uma diminuição da eficácia contraceptiva.

Ao deglutir um comprimido somente com a saliva, ele pode não ser corretamente empurrado até o estômago e passar muito tempo em contato com a mucosa do esôfago, causando uma ferida que pode ocasionar problemas sérios, como dor, sangramento e até perfuração.

Uma pílula padrão se dissolve em 10 minutos. A segunda melhor opção é de pé, pois o remédio dilui em cerca de 23 minutos, apenas um pouco mais rápido do que deitado de costas.

A pílula é 99,7% eficaz com uso perfeito. Isso significa que menos de 1 em cada 100 mulheres que tomam a pílula engravidaria em 1 ano. No entanto, com o uso típico, a eficácia da pílula é de 91%. Isso significa que cerca de 9 em cada 100 mulheres correm o risco de engravidar em um ano de uso da pílula.

Esquecimento por mais de 24 horas
Se você esquecer uma pílula e atrasar a seguinte, os problemas na eficácia do anticoncepcional são ainda maiores e o ideal é tomar então dois comprimidos e se proteger com a camisinha. “Nesses casos orientamos sobre os riscos de ovular e/ou ter escapes”, contextualiza Paula.