O que é tempo Aristóteles?

Perguntado por: abarbosa . Última atualização: 20 de julho de 2023
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O tempo, para Aristóteles, é infinito em dois sentidos: do ponto de vista da adição, pois não pode esgotar-se por nenhuma adição de partes, e do ponto de vista da divisão, ou seja, é divisível ad infinitum.

O tempo é uma intuição pura a priori no plano da sensibilidade, é uma noção objetiva de observação e não é extraído da experiência, mas sim prévio a qualquer experiência.

Tempo é a duração de fatos. É a maneira como contabilizamos os momentos, seja em horas, dias, semanas, séculos, etc. No cotidiano, o uso da palavra é basicamente empregado para determinar a duração dos acontecimentos. Entretanto, o tempo também é uma grandeza física, considerado uma das dimensões do universo.

[3] Platão argumentou que o tempo (chronos) é a imagem móvel da eternidade (aión) movida segundo o número (Timeu). E, partindo do dualismo entre o mundo inteligível e o mundo sensível, concebeu o tempo como uma aparência mutável e perecível de uma essência imutável e imperecível (eternidade).

Sto. Agostinho representa, na história da filosofia, aquele que de forma original desenvolve o tempo como subjetivo. Os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das coisas futuras e presente das coisas presentes.

Presente, passado e futuro.

Sendo assim, pensar o tempo a partir dele mesmo, tornou para Heidegger, pensar sobre o próprio ser, na medida em que o ser é o tempo. A própria passagem do tempo é o que nós experimentamos em nós mesmos. Portanto, para compreender o tempo em si, é preciso compreender o ser que nós somos, relacionando-o com o tempo.

Grandes civilizações dividiram o tempo em unidades que usamos até hoje. Os babilônios, povo que viveu entre 1950 a.C. e 539 a.C., na Mesopotâmia, foram os primeiros a marcar a passagem do tempo. Ao construir o relógio de sol, dividiram o dia em 12 partes e depois em 24, que são as horas que usamos até hoje.

A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.

Isaac Newton (1643 – 1727) criou o conceito de tempo absoluto, verdadeiro, matemático que flui constante e uniformemente. Kant (1724-1804), na posição oposta, supunha o tempo como um dado subjetivo, pertencente à natureza humana, sem que o homem pudesse controlá-lo ou modificá-lo.

O criador da Teoria da Relatividade referia-se ao fato de o tempo ser relativo, vinculando-o à velocidade. A noção entre os tempos, observada a sua variação, é uma ilusão na medida em que pessoas vivem tempos distintos, de modo que o que é passado para alguns poderia ser futuro para outros.

O fundamental, em relação ao tempo será o bom aproveitamento para o aprimoramento e evolução do Espírito imortal, que é capaz, pelo esforço constante, de realizar grandes conquistas em muitas dimensões em si mesmo. Daí o convite para o equilíbrio entre os deveres materiais e os deveres espirituais.