O que é escambo?

Perguntado por: ofogaca . Última atualização: 28 de junho de 2023
4.5 / 5 2 votos

O Escambo, de maneira geral, significa troca ou permuta. Na história do Brasil colonial, porém, o termo aparece frequentemente associado ao tipo de relações estabelecidas entre portugueses e indígenas nas primeiras décadas do século XVI.

Escambo é o nome dado para um troca entre bens sem que para isso haja a necessidade de ter uma moeda intermediando. Nesse caso um produto é trocado por outro. Para isso as duas partes precisam estar de comum acordo. Um exemplo comum, trazendo para o século XXI, poderia ser a troca de um relógio por um smartphone.

O escambo é uma forma de transação que foi muito utilizada em períodos como Idade Antiga e Idade Média. A prática do escambo antecedeu a monetarização da economia no planeta e consistia basicamente na troca de mercadorias entre duas partes. Assim, se dava quando acontecia uma transação sem o uso de moeda.

Foi um tipo de transação comercial em que um negócio era fechado sem o envolvimento de moeda. Nele, mercadorias ou serviços poderiam ser trocados entre as partes. Precedeu a monetarização das economias. No Brasil, o caso mais simbólico foi o realizado entre portugueses e índios durante a exploração do pau-brasil.

O escambo (troca de mercadorias) surgiu há cerca de 10 mil anos, durante o período Neolítico, e foi utilizado por milhares de anos, em todo o mundo. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, trocavam mercadorias com os índios.

O escambo se dava, principalmente, porque não havia a consolidação de um sistema monetário e do uso de moedas. Assim, quando determinada pessoa ou comunidade necessitava de uma mercadoria, outro produto era oferecido em troca.

Etapas do desenvolvimento do Escambo (1500 a 1580)

Câmbio de produtos e bens entre duas pessoas: 1 troca, transferência, permuta, comutação, permutação, barganha, escambo, transação, mutuação.

A relação dos indígenas com os portugueses era por meio do escambo, isto é, da troca. Os indígenas extraíam a madeira e eram pagos com utensílios como machados, facas, espelhos, canivetes etc.

Por outro lado, um das desvantagens do escambo é a diferença de equilíbrio na troca. Um comerciante mal intencionado, que sabe da necessidade de uma outra pessoa, pode assegurar a troca com o intuito de conseguir objetos de maior valor e de grande interesse próprio.

As primeiras moedas, tal como conhecemos hoje, peças representando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII A. C.. As características que se desejava ressaltar eram transportadas para as peças através da pancada de um objeto pesado (martelo), em primitivos cunhos.

A forma primitiva de comércio se dava pelo escambo e com o tempo houve uma evolução, durante o período colonial se intensificaram as relações comerciais de tal forma que houve a necessidade de se obter uma matéria “prima” de troca universal, foi então que se deu a comercialização mais intensa com a moeda.

Muito comum entre a comunidade indígena, durante a colonização do Brasil o escambo foi utilizado na extração do pau-brasil. O trabalho decorrente do corte e do transporte da madeira feito pelos índios era “pago” com utensílios de pouco valor para os colonizadores.