Como trabalhar variações linguísticas no ensino fundamental?

Perguntado por: ebittencourt . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Convide a família a pesquisar sobre os tipos de preconceito linguístico. Instigue os alunos a observarem a fala de seus avós e pais, de forma a perceber como o falar varia de pessoa para pessoa e em contextos diferentes, deixando evidente o caráter orgânico e heterogêneo da língua.

Nas produções textuais, o professor poderá sugerir diversas modalidades para o texto, trabalhando a questão da linguagem informal. Ele deverá ser construído utilizando-se de um linguajar caipira, ou ainda produzir um diálogo baseado na linguagem utilizada nas salas de bate-papo, e outros.

O professor deve estar preparado para falar sobre as variações da língua portuguesa e conhecer seus norteadores de funcionamento, suas similaridades e diferenças. A língua é, segundo Saussure (1989), "um sistema de signos"; um conjunto de unidades que se relacionam organizadamente dentro de um todo.

Informar os educando a respeito da existência do preconceito lingüístico dentro e fora da sala de aula; Despertar no educando a consciência crítica a respeito da necessidade de combater o preconceito lingüístico.

As variações podem ser históricas, geográficas, sociais e estilísticas.

As variações linguísticas são as diferenças que uma língua apresenta mediante fatores como a região e as condições culturais ou sociais onde ela é usada. Por exemplo, existem variações na língua portuguesa falada no Brasil e em Portugal. Os tipos de variações linguísticas são: geográficas, como os regionalismos.

Ela acontece porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é compreensível que seus falantes façam arranjos e rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas, por isso é fundamental que os diferentes falares sejam considerados como variações, e não como erros.

É importante observar que toda variação linguística é adequada para atender às necessidades comunicativas e cognitivas do falante. Assim, quando julgamos errada determinada variedade, estamos emitindo um juízo de valor sobre os seus falantes e, portanto, agindo com preconceito linguístico.

Denomina-se variação linguística os diversos usos que os falantes fazem de uma mesma língua. Segundo Antunes (2009), essas diferentes formas que a língua assumem, dentro de uma sociedade, é decorrente da indissociabilidade de quatro realidades, que são: língua, cultura, identidade e povo.

Nesse sentido, Antunes (2015) define que o papel do professor de língua portuguesa é levar o aluno ao contato com diversos gêneros orais e escritos, propiciando a percepção da linguagem e adequando essa para o convívio social nas relações interpessoais face a face.

A melhor atitude frente às variedades linguísticas é reconhecer que a língua é composta de variações que devem ser reconhecidas dependendo das circunstâncias de produção, superando a discriminação baseada nos vários estilos de falar de um povo por meio de atividades prazerosas de engajamento.

São chamadas de variações linguísticas as diferentes formas de falar o idioma de uma nação, visto que a língua padrão de um país não é homogênea. No Brasil, por exemplo, essas variantes são percebidas nos diversos dialetos existentes como o mineiro, carioca, gaúcho, baiano, pernambucano, sulista, paulistano, etc.

A competência 4 volta-se, explicitamente, para a necessidade de entender a variação como algo natural da língua, portanto, deve-se ter respeito por todas as variedades linguísticas e desconstruir qualquer tipo de preconceito linguístico.