Quem ia para o Holocausto Brasileiro?
Eram crianças rejeitadas pelos pais por mau comportamento ou algum tipo de deficiência; filhos tidos fora do casamento; mulheres estupradas pelo patrão ou algum homem importante na época, com dinheiro suficiente para esconder o crime; epiléticos; alcoólatras; homossexuais.
Quem ia para o hospital de Barbacena
Para o Colônia, eram enviados "pessoas não agradáveis", como opositores políticos, prostitutas, homossexuais, mendigos, pessoas sem documentos, entre outros grupos marginalizados na sociedade. Estima-se que cerca de 70% dos pacientes não tinham diagnóstico de qualquer tipo de doença mental.
Quem foi que denunciou o Holocausto Brasileiro
O Iluminuras entrevista a jornalista Daniela Arbex, autora do best-seller "Holocausto Brasileiro", em que denunciou o genocídio de 60 mil pessoas no maior hospital psiquiátrico do Brasil.
Quem eram as pessoas que iam para Manicomios
Muitos dos pacientes eram levados pela própria família (com consciência das condições): eram renegados, mulheres abandonadas pelos maridos e parentes com deficiências e transtornos.
Qual foi o motivo do Holocausto Brasileiro
Segundo o livro Holocausto Brasileiro, lançado em 2013 pela jornalista Daniela Arbex, o descaso que acompanhava a política de internação compulsória para pacientes com transtornos mentais em manicômios resultou na morte de cerca de 60 mil pessoas, expostas ao frio, à fome e à tortura.
O que acontecia com os corpos dos pacientes do manicômio de Barbacena
Os cadáveres de mais de 1.800 pacientes foram vendidos para universidades até os anos setenta. O resto era levado em um carrinho até o cemitério para ser jogado em valas comuns.
Como está o hospital de Barbacena hoje em dia
Hoje, o local abriga o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena e conta com 171 pacientes em regime de internação de longa permanência. Mesmo com o fim do manicômio, eles continuaram internados porque não tinham vínculo familiar nem para onde ir.
Como acabou o hospital de Barbacena
O hospital Colônia de Barbacena foi fechado no fim dos anos 80. Alguns pacientes que sobreviveram à época da barbárie hoje recebem acompanhamento no Centro Hospitalar Psiquiátrico da cidade. Outros foram transferidos para Belo Horizonte.
Qual foi o fim do Holocausto Brasileiro
Mas foi só na década de 1980 que a história de terror do Colônia teve um ponto final. Mais tarde veio a reforma psiquiátrica, em 2001, e foi estabelecido um novo modelo de assistência na saúde mental, baseado em uma rede de serviços e com os pacientes sendo tratados em residências terapêuticas.
Como as pessoas eram tratadas no Holocausto Brasileiro
De acordo com a jornalista Daniela Arbex, autora da publicação, a vida dos internos do Colônia envolvia “um cotidiano de muita limitação, de frio, de fome, de maus tratos físicos e tortura psicológica”. Os pacientes, que muitas vezes eram internados sem qualquer critério, eram os excluídos da sociedade.
O que aconteceu com os pacientes de Barbacena
Na cidade do Holocausto brasileiro, mais de 60 mil pessoas perderam a vida no Hospital Colônia, sendo 1.853 corpos vendidos para 17 faculdades de medicina até o início dos anos 1980, um comércio que incluía ainda a negociação de peças anatômicas, como fígado e coração, além de esqueletos.
Porque fecharam os manicômios no Brasil
'O fim dos manicômios entrou no bojo da reivindicação de que a liberdade tinha que ser extensiva a todos' Foi há exatos 20 anos. Depois de tramitar por mais de uma década, finalmente em abril de 2001, a lei 10.216 foi aprovada e sancionada.