Quantas mortes por transfobia no Brasil?

Perguntado por: asales . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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131 pessoas trans foram assassinadas em 2022 no Brasil, aponta dossiê Levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) revela que, em 2022, 131 pessoas trans foram assassinadas no Brasil.

O Brasil teve pelo menos 118 mortes violentas de pessoas trans e travestis no ano passado. É o que aponta o “Dossiê: Registro Nacional de Assassinatos e Violações de Direitos Humanos das Pessoas Trans no Brasil em 2022”, levantamento feito pela Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (Rede Trans).

Pelo 14º ano, Brasil é país que mais mata pessoas trans; foram 131 em 2022. Ocorreu um problema.

Direitos fundamentais para além de pessoas trans e travestis – direitos humanos. Cerca de 1,9% da população adulta brasileira, ou aproximadamente 4 milhões de pessoas, são transgênero e não binárias, segundo levantamento feito pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp).

Brasil é o país

O Brasil é o país com mais mortes de pessoas trans e travestis no mundo pelo 14º ano consecutivo.

De modo geral, são homens, jovens, negros e com baixa escolaridade. Mas o que mais chama a atenção é o índice de homicídio entre jovens e negros, que tem aumentado ainda mais nos últimos anos.

19.742 pessoas

No que diz respeito ao primeiro semestre de 2023, foram 19.742 pessoas assassinadas no Brasil.

Foram 40,8 mil mortes violentas no país ao longo de 2022 - o menor registro da série histórica do FBSP pelo segundo ano seguido. Alta das mortes no último trimestre, porém, acende alerta. Índice nacional de homicídios criado pelo g1 é baseado em dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que atos de homofobia e transfobia sejam enquadrados como crime de injúria racial. Na prática, quem for responsável por atos dessa natureza não terá direito a fiança, nem limite de tempo para responder judicialmente.

A transfobia, a patologização de identidades de gênero e as ações de exclusão contra o grupo, impedem o exercício pleno da cidadania de pessoas trans e a livre manifestação de suas individualidades, gerando estatísticas preocupantes e uma discriminação violenta e sistemática desse grupo.

No maior estudo genético já realizado sobre transexualidade, pesquisadores do Prince Henry's Institute of Medical Research reforçaram a hipótese de influência genética para a transexualidade. Ainda mais notável, no resultado do estudo, foi a presença de receptores hormonais diferentes no cérebro de transexuais.

Uma pesquisa inédita na América Latina feita em 2021 pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp) mostrou que 2% da população adulta brasileira é formada por pessoas transgênero ou não-binárias. Em números absolutos, isso significa cerca de 3 milhões de indivíduos.