Qual o problema que o paradoxo do estádio revela?

Perguntado por: ecamilo . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Por outras palavras, se admitirmos que o espaço é infinitamente divisível e que, portanto, qualquer distância finita contém um número infinito de pontos, chegamos à conclusão de que é impossível alcançar o fim de uma série infinita num tempo finito.

Zenão buscava defender as ideias de seu mestre, atacando a ideia de pluralidade e de movimento. Sua estratégia era supor a tese que queria atacar, por exemplo a pluralidade de pontos em uma reta, e daí deduzir uma consequência que contradissesse sua suposição, levando assim a uma redução ao absurdo.

O paradoxo é uma figura de linguagem ou figura de pensamento. É chamado também de oximoro ou oxímoro, e consiste na expressão de uma ideia contrastante, isto é, em que há oposição, além de conter em si uma contradição, uma incoerência, por apresentar elementos que se contradizem.

Afirma-se a impossibilidade do movimento - da mudança- pois, por mais próximo que seja o móvel, em um ponto qualquer, sempre terá que atravessar a metade, depois a metade dessa metade e assim por diante, sem parar, até que se possa chegar ao ponto desejado que por este caminho seja impossível.

O paradoxo está na conclusão de que Aquiles nunca alcançará a tartaruga. De fato, segundo o raciocínio de Zenão, quando Aquiles chegar ao ponto , a tartaruga já estará em ; e quando Aquiles chegar ao ponto , a tartaruga já estará em ; e assim por diante, indefinidamente, um processo que não termina.

Um dos mais famosos paradoxos, sem desfecho até hoje, é chamado do paradoxo do avô: uma pessoa volta no tempo e mata, no passado, aquele que seria o seu avô no futuro. Ora, se o avô foi morto ainda criança, então a pessoa que cometeu o crime não poderia ter nascido.

A partir da dialética, ele criou diversos argumentos demostrando a inexistência do movimento. Foi contra o pensamento desenvolvido pelos pitagóricos, em que a multiplicidade do ser e do mundo fora explicada através dos números. Sendo assim, Zenão acreditava na unidade do ser em detrimento da pluralidade.

O paradoxo é uma figura de linguagem que remete a aproximação de palavras contrárias que expressam ideias contraditórias. É também denominada também de oximoro e recebe a classificação de figura de pensamento.

O paradoxo emprega ideias opostas, da mesma maneira que a antítese, entretanto, essa contradição ocorre entre o mesmo referente do discurso. Para entender melhor essa diferença veja os exemplos abaixo: Dormir e acordar está difícil. (antítese) Estou dormindo acordado. (paradoxo)

Exemplos de paradoxo na literatura e música:
“Sendo a sua liberdade/Era a sua escravidão.” (Vinicius de Moraes) “Estou cego e vejo./Arranco os olhos e vejo.” (Carlos Drummond de Andrade) "Já estou cheio de me sentir vazio." (Renato Russo) “Se você quiser me prender,/vai ter que saber me soltar.” (Caetano Veloso)

O PARADOXO DE AQUILES E A TARTARUGA
Aquiles nunca pode alcançar a tartaruga; porque na altura em que atinge o ponto donde a tartaruga partiu, ela ter-se-á deslocado para outro ponto; na altura em que alcança esse segundo ponto, ela ter-se-á deslocado de novo; e assim sucessivamente, ad infinitum.