Qual foi o governo que desarmou a população brasileira?

Perguntado por: emuniz . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, onze meses antes de sancionar o Estatuto do Desarmamento.

O Decreto-Lei nº 1002, de 1969, proibia a posse e o porte de armas por civis, exceto por policiais, militares, agentes de segurança e caçadores. Na república que se instaurou com a redemocratização, a lei de 1997 permitia posse de armas por pessoas que comprovassem a necessidade de tê-las.

Entenda o novo decreto de armas do governo Lula
O novo decreto de armas do governo Lula limita a compra anual de armamentos para defesa pessoal a duas unidades de uso permitido e 50 munições. No governo Bolsonaro, o limite tinha sido ampliado, permitindo até quatro armas e 200 munições.

§ 2º O interessado poderá adquirir até duas armas de fogo para defesa pessoal, desde que comprove a efetiva necessidade de que trata o inciso III do caput para cada aquisição, e até cinquenta munições por arma, por ano.

Poderá ter até 16 armas de fogo, sendo 12 de uso permitido e quatro de uso restrito. Nesse caso, o limite será de 20 mil cartuchos, ou de até 32 mil cartuchos por ano nos casos de . 22 LR ou SHORT.

No dia 8 de maio de 2019, Jair Bolsonaro assinou um novo decreto sobre armas, desta vez flexibilizando o direito de porte.

Enquanto a posse de armas é permitida para o cidadão comum no Brasil, desde que seguidas as regras para a comercialização e registro de armamento, o porte é restrito aos profissionais de segurança pública, membros das Forças Armadas, policiais e agentes de segurança privada.

Ainda no 1º dia de governo, Lula assinou um decreto que iniciava o processo de reestruturação da política de controle de armas no país. As medidas, no entanto, tinham caráter transitório e já estabeleciam a redução do acesso às armas e munições.

Principais pontos do decreto de armas assinado por Lula
O texto tem como objetivo a redução de armas e munições acessíveis para civis, além de retomar a restrição entre armas de uso dos órgãos de segurança e armas acessíveis aos cidadãos. O ponto deve retomar a restrição do uso da pistola 9mm.

As principais alterações dizem respeito à redução de armas e munições acessíveis para civis, entre eles caçadores, atiradores e colecionadores; retomada da distinção entre as armas de uso dos órgãos de segurança e as armas acessíveis aos cidadãos comuns.

Para pessoa física, a expedição ou a renovação de porte de arma de fogo baixarão ambas de R$ 1.000 para R$ 500, conforme definiu o relator.

Quem tem arma 9 mm pode continuar usando e comprando munição. No entanto, daqui em diante este tipo de calibre volta a ser de uso exclusivo das forças de segurança. A Polícia Federal também vai fiscalizar clubes de tiros e munições. Para isso, poderá fazer convênios com polícias estaduais.

O texto deve prever o Programa de Recompra voluntária, ou seja, as pessoas não serão obrigadas a devolver a arma —e, sim, incentivadas a fazê-lo. Uma outra mudança será em relação à pistola 9 mm, que deve voltar a ser de uso restrito.

De acordo com o artigo 28 da Lei nº 10.826, de 2003, é vedado ao menor de 25 anos adquirir arma de fogo.