Quais são as quatro áreas consideradas núcleos de desertificação no Brasil?

Perguntado por: eneves . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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No Brasil existem quatro áreas, que são chamadas núcleos de desertificação, onde é intensa a degradação. Elas somam 18,7 mil km² e se localizam nos municípios de Gilbués, no Piauí; Seridó, no Rio Grande do Norte; Irauçuba, no Ceará e Cabrobó, em Pernambuco.

Atualmente, consideram-se seis Núcleos de Desertificação no SAB: Serido, (RN/ PB), Cariris Velhos (PB), Inhamuns (CE), Gilbués (PI), Sertão Central (PE), Sertão do São Francisco (BA) (Vasconcelos Sobrinho, ).

A ocorrência da desertificação no Brasil concentra-se nas regiões Nordeste e Sul do país. Entende-se por desertificação o fenômeno de empobrecimento e diminuição da umidade em solos arenosos, localizados em regiões de clima subúmido, árido e semiárido.

Caatinga

A desertificação no Brasil ocorre na região Nordeste e na porção norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O bioma Caatinga, único exclusivamente brasileiro, sofre com o processo de desertificação em grande parte do seu território.

Bahia, Ceará e Pernambuco são os estados mais castigados, embora, proporcionalmente, a Paraíba seja o estado com maior extensão de área comprometida: 71% de seu território já sofrem perdas consideráveis.

O caso mais evidente desse processo está ao sul do Saara, em uma região chamada de Sahel, nessa região o problema cresce de forma assustadora, as causas são as ações antrópicas (ações humanas). No Sahel acontece atualmente a migração de pessoas para outras áreas em decorrência desse problema ambiental.

Desertificação persiste na Caatinga com a perda de 40% de superfície de água em três décadas.

A Caatinga é o bioma brasileiro com maior risco de desertificação. Esse cenário é resultado das condições físicas desse bioma, como chuvas esparsas e baixa umidade, junto de aspectos humanos, como a intensa transformação do meio natural pelas atividades humanas e o desmatamento da região.

Diferentemente do Cerrado e da Amazônia, na Caatinga a agropecuária não é a principal causa desses dados, mas sim o consumo de lenha e carvão vegetal para fins energéticos, principalmente de madeira oriunda do desmatamento ilegal.