Quais as vantagens da taxa Selic alta?

Perguntado por: idamasio4 . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Os preços tendem a baixar ou ficar estáveis, como uma consequência do controle da inflação; Os juros de crédito, parcelamento e cheque especial ficam mais altos; Os rendimentos de investimentos em Renda Fixa ou títulos públicos indexados à Selic aumentam.

A taxa Selic também influencia os investimentos financeiros, especialmente aqueles atrelados à renda fixa. Quando a taxa está alta, os investimentos em títulos públicos e outros produtos de renda fixa tendem a oferecer retornos mais atrativos, o que pode atrair investidores para esses ativos.

Quando ela é elevada, a tendência é de que empréstimos e financiamentos fiquem mais caros – ou seja, que bancos e outras instituições financeiras cobrem juros mais altos nessas operações. Já quando a Selic diminui, acontece o movimento contrário: os juros do crédito ficam mais baratos.

Do ponto de vista econômico, uma taxa Selic alta é geralmente vista como uma medida de controle da inflação. Isso ocorre porque taxas de juros elevadas podem desencorajar o consumo e o investimento, reduzindo a demanda agregada e, consequentemente, ajudando a conter a alta dos preços.

A maior parte dos especialistas estima que o índice se mantenha em 13,75% a.a. até meados de 2023, o que, se realmente acontecer, tende a beneficiar os produtos de renda fixa – especialmente aqueles que têm seu rendimento atrelado diretamente à Selic.

Aumentar a Selic causa uma desaceleração da economia, o que impede que a inflação fique muito alta; Baixar a Selic causa um estímulo ao consumo que aquece a economia, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta.

Quais investimentos permitem aproveitar a Selic em alta? Veja 6 opções!

  1. Tesouro Selic. ...
  2. Tesouro IPCA. ...
  3. Certificado de depósito bancário (CDB) ...
  4. Letra de câmbio (LC) ...
  5. Letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) ...
  6. Fundos de inflação.

Para além dos ativos cíclicos, alavancados e dependentes da economia doméstica – que aparecem sempre que analistas apontam quem deve se beneficiar com a queda da Selic –, há ações fora do radar que também devem aproveitar o cenário de juros menores. Uma delas é a B3, uma aposta “mais segura” na visão da EQI Research.

A maior taxa Selic da história foi registrada em 1989, período em que a economia brasileira sofria com a hiperinflação. Em 2 de fevereiro daquele ano, o índice apurado foi de 3,626% no dia. A maior Selic acumulada em 12 meses foi registrada em 26 de dezembro do mesmo ano, quando a taxa composta atingiu 115.334,03%.

Seguradoras. As seguradoras podem ser vistas como as maiores beneficiárias dos juros altos. Por reterem caixa líquido para fazer frente a possíveis obrigações, acabam investido o capital ocioso em ativos de maior segurança ou em renda fixa.

Quando o Banco Central quer reduzir a inflação, ele aumenta a Taxa Selic porque, assim, aumentará o “custo” do dinheiro. Com isso, fica mais caro pegar empréstimos, fazer financiamentos e consumir. A redução do consumo força uma redução da inflação.

Quando se pensa no curto prazo e na reserva de emergência, para despesas que possam solicitar recursos rapidamente, o Tesouro Selic é uma boa opção.

Com Selic em queda, FIIs de tijolo são mais atrativos
Para Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos, os Fundos Imobiliários (FIIs) de tijolos podem ser opção de investimento mais atrativas com a queda da Selic do que fundos de papéis.

Hoje, considerando a taxa Selic em 13,25% e a taxa do CDI em 13,15% ao ano, R$ 100 mil rendem R$13.250 em 12 meses de acordo com a Selic e R$13.150 de acordo com o CDI.