Porque o hospital de Barbacena fechou?
As condições de vida dentro da instituição eram sub-humanas. O psiquiatra italiano Franco Basaglia, que teve a chance de visitá-lo em 1979, chegou a comparar o local a um campo de concentração nazista e exigiu seu fechamento imediato.
O que aconteceu com o hospital de Barbacena
Pelo menos em Barbacena. Na cidade do Holocausto brasileiro, mais de 60 mil pessoas perderam a vida no Hospital Colônia, sendo 1.853 corpos vendidos para 17 faculdades de medicina até o início dos anos 1980, um comércio que incluía ainda a negociação de peças anatômicas, como fígado e coração, além de esqueletos.
Quem denunciou o hospital de Barbacena
No ano de 1903, o Hospital Colônia de Barbacena — a “prisão” denunciada no canto da Sueli — abriu as suas portas, com o apoio da Igreja Católica e da sociedade contemporânea (ARBEX, 2013, p. 31). Presente de grego, a instituição psiquiátrica — à letra, “o cemitério dos vivos” (BARRETO, 2017, p.
Quando acabou o hospital de Barbacena
De 1903 a até o início da década de 1990, Barbacena conta com sete hospitais psiquiátricos e uma capacidade de oferta de 7000 leitos psiquiátricos. Esse município de clima ameno de montanha, com temperaturas médias baixas para os padrões brasileiros, recebeu a alcunha de “Cidade dos Loucos” durante longos anos.
Como está o Hospital Colônia de Barbacena hoje
Hoje, o local abriga o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena e conta com 171 pacientes em regime de internação de longa permanência. Mesmo com o fim do manicômio, eles continuaram internados porque não tinham vínculo familiar nem para onde ir.
Quem fechou o hospital de Barbacena
O psiquiatra italiano Franco Basaglia, que teve a chance de visitá-lo em 1979, chegou a comparar o local a um campo de concentração nazista e exigiu seu fechamento imediato. O fechamento do Colônia só ocorreria anos mais tarde, durante a década de 1980.
Como eram tratados os pacientes do hospital de Barbacena
Na tragédia brasileira de Barbacena, os pacientes internados à força foram submetidos ao frio, à fome e a doenças. Foram torturados, violentados e mortos. Seus cadáveres foram vendidos para faculdades de medicina, e as ossadas comercializadas.
Qual foi o motivo do Holocausto Brasileiro
Segundo o livro Holocausto Brasileiro, lançado em 2013 pela jornalista Daniela Arbex, o descaso que acompanhava a política de internação compulsória para pacientes com transtornos mentais em manicômios resultou na morte de cerca de 60 mil pessoas, expostas ao frio, à fome e à tortura.
Qual o pior hospital psiquiátrico do Brasil
O maior do Brasil foi o Colônia, que começou a funcionar em 1903, em Barbacena, Minas Gerais. Lá, pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida numa trajetória de quase um século de desrespeitos aos direitos humanos.
Quantos corpos foram vendidos no Holocausto Brasileiro
Seus cadáveres, então, eram vendidos para faculdades de medicina. Foram 1 853 corpos, descritos como “peças” nos prontuários da instituição e comercializados entre 1969 e 1980. O restante era enterrado em valas comuns no cemitério, hoje desativado, anexo ao manicômio. “Infelizmente, o Hospital Colônia não era exceção.
Qual era o público do Holocausto de Barbacena
Em geral, além de doentes mentais, o Manicômio de Barbacena tinha como alvo indivíduos que desviavam dos padrões desejados pela sociedade elitista brasileira, como prisioneiros políticos, homossexuais, indigentes, prostitutas, pobres e minorias étnicas, sendo que praticamente 70% dos pacientes não apresentavam ...
Quantas pessoas cabiam no hospital de Barbacena
Para tanto, analisarei as fotografias do episódio de genocídio de pacientes psiquiátricos que ocorreu durante cinco décadas dentro do Hospital Colônia, o Manicômio de Barbacena-Minas Gerais, que dizimou 60 mil pessoas.
Qual a fama de Barbacena
Barbacena é conhecida em todo o Brasil e também no exterior como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção local desta flor. No Brasil, o município também é conhecido como a "Cidade dos Loucos", pelo grande número de hospitais psiquiátricos instalados no local.
O que foi o Trem de doido
No início eram mantidos em delegacias ou nas ruas para garantir o bem-estar da sociedade. Porém, quando a ferrovia ficou pronta, em 1930, eles passaram a ser realocados em um dos vagões do trem que rumava para o hospital de Barbacena, mais conhecido como "Campo de concentração brasileiro". Era este o "trem de doido".
Como eram tratados os pacientes com transtornos mentais antigamente
No século XIX, o tratamento ao doente mental incluía medidas físicas como duchas, banhos frios, chicotadas, máquinas giratórias e sangrias. Aos poucos, com o avanço das teorias organicistas, o que era considerado como doença moral passa a ser compreendido também como uma doença orgânica.
Por que o Hospital Colônia de Barbacena era chamado de depósito de gente
Estima-se que 70% dos internados não apresentavam registro de doença mental. Eram gays, alcoólatras, militantes políticos, mães solteiras, mendigos, negros, pobres, índios, pessoas sem documento etc. De hospital psiquiátrico, a instituição virou depósito de gente indesejada.