Porque o filme Marighella foi censurado?

Perguntado por: mfogaca . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Os problemas burocráticos com a Ancine que atrasaram em cerca de dois anos a estreia foram considerados pela equipe do filme como um tipo de censura disfarçada, já que a produção trata de temática sensível para o Governo Federal.

Na verdade, as fitas nunca existiram, e elas são utilizadas no filme apenas como forma de expressar a vida e os valores do biografado ao espectador.

O longa traz o combustível que Marighella sempre carrega, o da luta, resistência e utopia. Tal qual o comunista, o filme serve para inspirar para as muitas batalhas cotidianas, fazer o que tem que ser feito, mesmo com o risco perene do cometimento de erros, e ainda que diante de um inimigo muito mais poderoso.

Em entrevista à coluna de Patríca Kogut, no O Globo, o ator Bruno Gagliasso revelou que Lúcio foi o "personagem mais forte, visceral e doloroso" que já interpretou. Ele representa Sérgio Fleury, cujos agentes mataram Marighella a tiros em 1969.

Joaquim Câmara Ferreira (Jaboticabal - São Paulo, 5 de setembro de 1913 - São Paulo, 23 de outubro de 1970), também conhecido como "Comandante Toledo", foi um militante e dirigente comunista brasileiro, integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Segundo ele, frei Ivo e frei Fernando foram presos, torturados e acabaram entregando Marighella. Diz ainda que frei Fernando foi, sob pressão dos policiais, à Livraria Duas Cidades para confirmar um encontro com o líder da ALN.

Natural de Araquari, Lúcio Corrêa atuou como advogado e político. Foi Senador de Santa Catarina, eleito em 1947. Antes disso, foi Delegado Regional de Polícia em Joinville e o primeiro Delegado de Polícia a ser nomeado Chefe de Polícia-Secretário de Segurança Pública de Santa Catarina. Faleceu em março de 1995.

Braço direito de Marighella na ALN, Joaquim Câmara Ferreira é quem inspira Branco, o personagem do ator Luiz Carlos Vasconcelos.

assassinado

Carlos Marighella, ex-deputado, poeta e guerrilheiro brasileiro, foi assassinado pela Ditadura Civil-Militar em 1969.

O ator e diretor Wagner Moura, 46, sofreu ameaças durante as filmagens de "Marighella", em 2017. O filme, que conta a história do guerrilheiro Carlos Marighella, um dos principais nomes do combate à ditadura militar no Brasil, será exibido pela Globo a partir de hoje.