Porque o autismo afeta a fala?

Perguntado por: izaganelli5 . Última atualização: 8 de julho de 2023
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Ou seja, o cérebro muitas vezes processa a informação corretamente, mas a musculatura da boca (motricidade oral) não consegue executar os movimentos necessários, fazendo com que a criança não consiga falar. Ademais, estudos mostram que 63,6% das crianças autistas também recebem o diagnóstico de apraxia.

A falta de consciência proprioceptiva e outras questões sensoriais podem também impactar o desenvolvimento da fala. A restrição alimentar que também pode estar presente no Autismo também pode afetar a mastigação, os padrões sensitivos e proprioceptivos, e consequentemente a fala.

As crianças no Espectro do Autismo, por sua vez, têm dificuldade em perceber os resultados de suas ações comunicativas e, com isso, acabam tendo disfunções na fala. Não desenvolver a linguagem faz com que a criança não consiga se expressar, informar o que deseja ou precisa, nem alcançar muitos de seus objetivos.

A apraxia da fala (AFI) é um distúrbio neurológico que afeta a condição motora da fala, criando dificuldades na pronúncia de palavras, sílabas e sons. É como se existisse um envio errado das informações para o cérebro organizar e executar as ações da boca, criando uma desordem na comunicação funcional.

Estimule gestos e contato visual
Por exemplo, ao se comunicar com a criança, faça uso de gestos, acenando com a cabeça para falar “sim” ou “não”. Também batendo palmas quando ela acertar alguma atividade. Ou até mesmo balançando as mãos para dizer oi e tchau, entre outros gestos presentes no cotidiano.

Apesar da linguagem não ser afetada, o autista de grau leve pode ter dificuldade em comunicar seus sentimentos, desejos e anseios. É comum que seja mais difícil iniciar uma conversa, ou manter as conversas iniciadas a ponto de desenvolver uma amizade ou um relacionamento.

A causa mais comum é o AVC, mas também pode ser causada por tumores cerebrais, encefalites, traumatismos cranioencefálicos, entre outras. Esse transtorno de linguagem pode alterar a fala, a compreensão, a leitura e a escrita e assim comprometer a comunicação do indivíduo em diversos graus.

Converse com seu filho
É uma prática muito saudável e uma das mais importantes para estimular a fala. Da mesma forma, conversar com familiares e outras pessoas na presença do bebê, ajuda a introduzi-lo no mundo da linguagem. Gradualmente, as crianças começam a conectar emoções às palavras, como alegria e entusiasmo.

Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são comumente confundidos por apresentarem sintomas semelhantes e que podem comprometer o comportamento, o aprendizado, o desenvolvimento emocional e as habilidades sociais de quem os possui.

Sinais de atraso na linguagem não são causados ​​pelo autismo. Quando uma criança não atinge os marcos da fala, isso pode indicar um atraso na linguagem. No entanto, cada criança se desenvolve em seu próprio ritmo e isso não significa necessariamente que haja um problema sério.

Nos primeiros anos de vida, TEA e TDL podem se manifestar de maneira muito parecida e inespecífica. Ambos se apresentam com atraso no início da linguagem ou dificuldades de interação social, mas crianças com TEA tem maior prejuízo funcional comparadas às crianças com TDL.

Nas crianças com TEA de uso predominante da comunicação verbal, a ecolalia é um fenômeno persistente que se caracteriza como um distúrbio de linguagem, definida como a repetição em eco da fala do outro 4. Oliveira MT. A Diversidade Sintomática na Ecolalia. Rev Dist da Comum.

Estudo mostra que crianças autistas enxergam ilusões de ótica de modo diferente. Ilusões de ótica ajudaram cientistas a notar uma diferença no cérebro das crianças com autismo em relação aos neurotípicos, segundo relata o novo estudo publicado no periódico científico The Journal of Neuroscience.