Porque não retiram os corpos do Everest?

Perguntado por: rbelem2 . Última atualização: 12 de julho de 2023
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As baixas temperaturas (que podem chegar a 70 ºC negativos) e a alta altitude acabam trazendo grandes problemas ao corpo: os músculos ficam fracos, chega pouco oxigênio ao cérebro e existem grandes chances do pulmão corre risco de sofrer edemas.

Nessa altitude há menos oxigênio, o que afeta os cérebros e pulmões dos alpinistas. Por causa disso, aumenta o risco de derrame e ataque cardíaco, visão e cognição começam a falhar. Se o corpo humano fica ali muito tempo, começa uma corrida contra o relógio: cada minuto a mais aumenta o risco de não-sobrevivência.

Mais de 200 pessoas morreram no Monte Everest. Muitos dos alpinistas mortos no Everest agora servem como um guia durante a subida, assim como um lembrete dos riscos envolvidos.

Não há um recorde oficial de permanência no cume do Everest mas o vento forte, a baixa pressão atmosférica e mudanças rápidas de clima costumam forçar os alpinistas a ficar apenas alguns minutos ali.

O cume do Everest, com pouco mais de 29 mil pés, tem aproximadamente um terço da pressão do ar que existe no nível do mar, o que reduz significativamente a capacidade de um alpinista respirar oxigênio suficiente para se manter vivo.

Escalar o Everest pode ser fatal e a história já mostrou isso. A montanha possuí uma área chamada de zona da morte, que é quando os escaladores ultrapassam 8 mil metros de altitude. Nessa parte da Terra, nossas células começam a morrer na ausência de oxigênio.

Em média, cerca de cinco alpinistas morrem a cada temporada de escalada no Everest na primavera. Mas em 2019, 11 pessoas morreram, com quatro das mortes atribuídas à superlotação na montanha.

Os chineses aumentaram recentemente as licenças de escalada para o Everest, o que efetivamente elimina uma escalada de baixo custo para uma única pessoa do Tibete por menos de US$ 20.000 (R$ 93.700) e força os alpinistas a se unirem a pelo menos três outros membros.

RIO O cearense Rosier Alexandre sobreviveu à avalanche mais letal da história do Everest que deixou 12 mortos nessa sexta-feira. Durante a tragédia, ele estava no acampamento base (5.350m) da maior montanha do mundo desde o último dia 13 com mais 16 alpinistas.

Fóssil de predador marinho pré-histórico é encontrado perto do Everest. Pesquisadores do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados (IVPP), vinculado à Academia Chinesa de Ciências, encontraram um fóssil do predador marinho pré-histórico Himalaiassauro no Tibete, a 100 km do Monte Everest.

Mais de 500 pessoas já escalaram o Everest, de acordo com os dados do Departamento de Turismo do Nepal, uma aventura que provoca várias mortes a cada ano.

A neve no topo do Himalaia parece eterna e adormecida, mas não está: a montanha cresce a um ritmo anual de quatro milímetros devido à pressão das placas tectônicas, o que aumenta no Nepal o temor por um terremoto. O fenômeno escapa ao olho humano, mas data de milhões de anos.

Kami Rita Sherpa

O alpinista nepalês Kami Rita Sherpa alcançou nesta terça-feira (23) o topo do Monte Everest pela 28ª vez, o que representa o recorde, um dia após um compatriota ter igualado sua marca anterior.

Everest: temporada mortal no topo do mundo
O salvamento ocorreu na chamada "zona da morte", situada a mais de 8 mil metros de altitude, onde as temperaturas podem chegar 30 graus negativos. O guia carregou o alpinista nas costas por cerca de seis horas para descer 600 metros.

As pequenas aranhas se alimentam de qualquer inseto levado pelos ventos fortes para as rochas. Elas são praticamente os únicos animais permanentemente habitantes em uma altitude tão elevada, além de algumas espécies de aves.