Por que destruíram o Quilombo dos Palmares?

Perguntado por: oconceicao7 . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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A proposta não agradava os latifundiários da região e muito menos parte dos quilombolas. Frente a isso, uma nova liderança surgiu entre os habitantes de Palmares: Zumbi. Este não aceitava a condição de não receberem novos escravos, o que levou o governador de Pernambuco a indicar Gonçalo Moreira para destruir Palmares.

Por ser um símbolo de resistência para os escravos, Palmares incentivou, direta e indiretamente, a fuga e a rebelião de escravos na região e, por isso, era encarado como uma grande ameaça pelos colonizadores.

Os escravizados africanos fugiam das fazendas entre os séculos XVI e XIX, e se abrigavam nos quilombos para se defenderem do sistema escravista e resgatarem a cosmovisão africana e os laços de família perdidos com a escravização. Neles, existiam manifestações religiosas e lúdicas, como a música e a dança.

Isso porque a região Nordeste desenvolvia-se economicamente com a produção açucareira e a mão de obra escrava nos canaviais e nos engenhos de açúcar começou a ficar escassa, devido as fugas dos escravos para os quilombos.

Esse quilombo foi, provavelmente, formado por escravos que fugiam dos engenhos de Pernambuco e chegou a possuir cerca de 20 mil habitantes. Surgiu no final do século XVI e foi destruído em 1694, por uma expedição portuguesa. Um dos grandes símbolos desse quilombo foi Zumbi dos Palmares, seu último líder.

O fim de Palmares aconteceu em 1694, quando a expedição de Domingos Jorge Velho destruiu Cerca Real do Macaco. Para se aproximar do quilombo, o bandeirante ordenou a construção de uma contracerca que permitiu a aproximação dos canhões da capital palmarina. Cercado, o mocambo foi destruído e Zumbi fugiu.

Zumbi dos Palmares não tinha escravos: o Anacronismo de Narloch.

Resposta verificada por especialistas
A "grande ameaça" que os quilombos traziam para o projeto colonial português era a desarticulação das suas bases econômicas, o que por sua vez ameaça a política colonial estabelecida no país e os interesses econômicos portugueses.

Você, leitor, sabe qual era? O Capitão do mato era conhecido também como capitão-de-assalto-e-entrada, entre outros termos. Sua principal função era a de caçar gente, principalmente escravos fugidos das fazendas e minas pertencentes a seus senhores.

Os documentos mostram que a fuga e os quilombos não eram as únicas formas de resistência dos negros perante a escravidão: rebeliões, assassinatos, suicídios , revoltas organizadas também fizeram parte da história da escravidão no Brasil. Das revoltas históricas, a mais conhecida foi a dos Malês, em Salvador.