Por que chama Olinda?

Perguntado por: ihilario . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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O local era tão aprazível, que, conta-se, o nome Olinda foi dado a partir de uma frase dita por Duarte Coelho: “Ó linda situação para se construir uma vila”. Não se sabe o dia da fundação de Olinda; sabe-se que o povoado prosperou tanto, que em 1537, já estava elevado à categoria de vila.

Olinda foi fundada em 1537 por Duarte Coelho Pereira, primeiro Donatário da Capitania de Pernambuco. O nome da vila, conta a tradição, surgiu de uma expressão de encantamento de Coelho diante da paisagem avistada do alto das colinas: —Ì linda situação para se fundar uma villa“.

A relação entre o Recife e Olinda foi documentada no Foral, carta de doação de terras de Olinda assinada em 1537 pelo primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho. O texto descrevia todos os lugares e benfeitorias da então vila.

As terras, às quais o foral faz menção, eram uma pequena colônia de pescadores e que mais tarde veio a se tornar porto e povoado. “Ao fazer a pesquisa, nos anos 1970, eu apresentei um projeto de lei, estabelecendo o 12 de março como o dia de criação do Recife, por ser a mesma data de Olinda.

Neste domingo, Olinda completa oficialmente 488 anos e o Recife, 486 anos de fundação. Segundo o professor de história Paulo Chaves, porém, essa data é controversa. "Olinda é datada de 12 de março de 1537. E, na realidade, o Recife só surge como vila em 1709.

A data 10 de novembro de 1710 é marcada pelo dia em que Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito de República do Brasil, no Senado da Câmara de Olinda, próximo de onde hoje funciona o Mercado da Ribeira, no bairro do Carmo. O local ainda conta com ruínas que ajudam a contam esse legado.

Olinda, a vila mais nobre e de antiga linhagem do país, ainda possuía as vantagens que a fizeram ser escolhida como a primeira sede de Pernambuco: cenário magnífico, terreno fértil, água e vegetação em abundância.

Duas cidades famosas do estado fazem aniversário nesta data. Recife e Olinda, as chamadas “cidades-irmãs”, ligadas pela geografia e pela arquitetura urbanística tão similar, comemoram 486 e 488 anos, respectivamente, em 2023.

Arrecife é a forma antiga do vocábulo recife, ambos originários do árabe ár-raçif, que significa calçada, caminho pavimentado, linha de escolhos, dique, paredão, cais, molhe. Em sua forma arcaica, “arracefe”, o vocábulo já era utilizado em 1258, segundo registra o dicionarista José Pedro Machado.

São Vicente

São Vicente, em São Paulo
Fundada em 1531, a cidade de São Vicente, vizinha a Santos, é considerada a primeira de todas e, portanto, responde à pergunta de qual é a cidade mais antiga do Brasil.

Prédios com cores fortes e detalhes em branco
É fácil se distrair com o colorido presente tanto em casarões quanto em igrejas dos séculos XVI e XVII. Antigamente, essas construções não tinham numeração específica para que os habitantes fizessem a identificação.

A povoação do Recife surgiu em 1561 passando, no ano de 1637, sob domínio holandês a denominar-se Maritzstad (Mauricéia), em homenagem a Maurício de Nassau. Elevada à categoria de vila com a denominação de Recife, por Carta Régia de 1911-1709. Instalada em novembro de 1771.

O centro histórico de Olinda, vizinho à cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco, remete ao início da colonização portuguesa no Brasil, no século XVI, quando se consolidou como sede da Capitania de Pernambuco, no período áureo da economia de cana de açúcar.

O local era tão aprazível, que, conta-se, o nome Olinda foi dado a partir de uma frase dita por Duarte Coelho: “Ó linda situação para se construir uma vila”. Não se sabe o dia da fundação de Olinda; sabe-se que o povoado prosperou tanto, que em 1537, já estava elevado à categoria de vila.

Tal prosperidade chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam toda a região, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, que por ter incendiado Olinda, estabeleceu-se no Recife, fazendo-a capital do Brasil holandês.

Os bonecos surgiram da vontade de um jovem sonhador que ouvia atento as narrativas de um padre belga sobre o uso deles em festas religiosas da Europa.