O que significa a água na Umbanda?

Perguntado por: oesteves . Última atualização: 20 de julho de 2023
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Conclui-se que na umbanda o simbolismo das águas comporta uma concepção que lhe é peculiar de emoções, porém permeada de nuances de sentido que ultrapassam o âmbito psicológico e assumem conotações éticas e ontológicas.

A água é muito utilizada nas religiões de matrizes africanas. Em muitos rituais ela aparece tendo um significado muito importante, desde o ritual do ìpàdé, quando ela é utilizada para acalmar as ajé, até a cerimônia das águas de Oxalá, quando ela simboliza a limpeza lustral do “egbé ilé” (comunidade de terreiro).

Na umbanda, assim como no candomblé, os orixás femininos e ligados às águas mais freqüentes são Iemanjá e Oxum, que se diferenciam pelo fato de Iemanjá estar ligada às águas salgadas e Oxum às águas doces.

O termo QUARTINHA se refere a um recipiente de barro, usado para acondicionar líquidos com capacidade de 250 ml a meio litro. É um dos utensílios indispensáveis nos cultos afro-brasileiros, sendo usado na maioria dos assentamentos e na obtenção dos AXÉS.

A água acalma as àjẹ́, e fortalece as Yabás
Esse ato é para apaziguar Ẹṣù e também para despachar qualquer mal que porventura possa estar acompanhando aquela pessoa. A força de cada Yabá comanda os estágios ou situações produzidas pela água como: chuva, rio, cachoeira, lago, lama e mar.

Largamente utilizada no meio espírita, a água fluida é um complemento do passe. Pode ser fluidificada no Centro, em nossa casa ou em qualquer lugar, mediante uma prece, solicitando à Espiritualidade este recurso, pois a sua fluidificação é uma tarefa executada pelos Espíritos.

O sangue dos animais, a oferenda dos frutos, das ervas e dos minerais provoca a manutenção e o fortalecimento do axé. Trata-se de um sistema mítico de restituição que coloca as energias em ação, provocando o movimento e a Vida.

Para que seja possível determinar a quais orixás um indivíduo pertence, ele precisa recorrer aos saberes oferecidos pelo jogo de búzios. O jogo de búzios consiste basicamente no lançamento de dezesseis conchas, também conhecidas como cauris, em uma peneira.

Segundo a crença, cada pessoa recebe a influência de dois orixás principais. O primeiro é conhecido como o 'orixá da frente' e o segundo como o 'orixá de trás', 'segundo santo' ou 'jutó'.

Agora, quem passa pelo local já pode se beneficiar das Águas da Oxum, nome dado para a nova estação em homenagem à orixá da religião de matriz africana, que é a rainha das águas doces, rios e cachoeiras.

A palavra Ebo (Ebó) vem do idioma yorùbá e significa oferenda, sacrifício ou troca de elementos com os Orixás. O principal objetivo do Ebó é transformar ou equilibrar dificuldades, seja na saúde, trabalho, família, amor, justiça ou em outras situações da vida.

Como veremos, o “corte” além de alimentar a relação entidade/pessoa de santo, instaura a própria temporalidade do terreiro e seus praticantes. O “corte” funciona como uma extensão da “gira”. Galos e galinhas são sacralizadas em função de fortalecer o relacionamento das filhas e filhos de santo com suas entidades.

Isso porque, o obì é o fruto sagrado imprescindível em qualquer cerimônia do Candomblé e tem o poder de nos unir na fé, nos conectando com o àṣẹ (força dos Orixás).

Água sagrada, Agbo ou simplesmente Abô, são os nomes usados pelo povo do santo para denominar a mistura de folhas sagradas, usada na feitura de santo até a ultima obrigação chamada de axexê. Sua utilização é larga e irrestrita, significando principalmente a ligação entre o Orum e Aiê (mundo dos Orixás e o dos Homens).