O que é celibato?

Perguntado por: asantana3 . Última atualização: 28 de junho de 2023
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O celibato é, na sua definição literal, o estado de uma pessoa que se mantém solteira.

Celibato é o estado em que determinada pessoa se compromete em não se casar ou manter relações sexuais com outra. Por norma, o celibato é uma prática comum entre alguns religiosos, que abdicam os "prazeres mundanos" para se dedicar exclusivamente a servir a Deus.

O celibato feminino pode ser pensado, assim, como uma recusa ao contrato de casamento que implica e legitima a subordinação das mulheres mascarada num “pacto desigual”, no qual a esposa deve obediência a seu marido em troca de proteção (Pateman, 1993:82).

A castidade, a virgindade, a vocação virginal, o celibato e o celibato sacerdotal. "O celibato sacerdotal é uma condição de oferta total da pessoa ao serviço de Deus e da comunidade.

Podemos distinguir três formas de viver o celibato por parte dos fiéis cristãos: Quando o fiel cristão descobre, na sua situação de solteiro, um apelo de Deus e o aceita de livre vontade, a sua vida celibatária pode tornar-se vocação assumida e valorizada.

“Padres, bispos e demais pessoas que recebem as ordens sagradas devem viver o celibato na sua missão”, pontua Pe. Bráulio. O sacerdote também explica que o celibato pode ser vivido pelos leigos, ou seja, aqueles que não vão exercer nenhuma função sagrada na Igreja.

Papa Clemente IV (1265-1268) era casado antes de tomar ordens sacras e tinha duas filhas. Papa Honório IV (1285-1287) foi casado antes de assumir as ordens santas e teve pelo menos dois filhos. Entrou para o clero após a sua mulher morrer, o último papa a ter sido casado.

Em resumo podemos afirmar que: A castidade diz respeito a todos e como virtude, deve ser exercitada, fortalecida. Já o celibato, que traz em si um voto, é uma forma particular de seguimento a Cristo, é um chamado vocacional a estar mais estreitamente unido ao Senhor em vista de uma missão.

Celibato significa viver solteiro, sem se casar nem ter uma relação com outra pessoa. Na Bíblia o casamento era generalizado, mas algumas pessoas foram celibatárias. Da mesma forma, a maioria dos cristãos casa, mas alguns são celibatários. Não há nada de errado em ser casado nem em viver no celibato.

O celibato na Igreja, segundo o padre José Luis Queimado, C. Ss. R., para o portal A12, está ligado teologicamente ao entregar-se de forma sublime ao Cristo, unindo-se a Ele sem reservas, doando todo o tempo, as energias, a inteligência e o próprio ser pela causa do Reino de Deus.

O celibato teve sua origem no clero romano, após 304 d.C. nos concílios de Elvira e Nicéia que proibiam os Ministros religiosos casarem-se após a ordenação.

O padre que decide deixar de exercer o sacerdócio deve solicitar sua desvinculação no Tribunal Diocesano, com desdobramento em Roma. Em seguida, é obrigado pelo Vaticano a assinar uma carta de desligamento. A última etapa é o certificado de dispensa emitido pelo Papa, que permite que ele se case.

“Nesse conselho, foi decidido que os padres deveriam ser celibatários, para melhor cuidar das coisas da Igreja”, afirma o padre Reginaldo Lima, assessor da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).