Como eliminar o ácido cianídrico da mandioca?

Perguntado por: lnovais . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Tais técnicas envolvem procedimentos como retirar a casca da mandioca, ralar a raiz, prensar a polpa resultante para retirar as toxinas, ferver a polpa para evaporar o ácido cianídrico, ou ainda fermentá-la para a produção de cauim, a bebida alcóolica tradicional nas sociedades indígenas do Brasil.

Na América do Sul, onde humanos comem mandioca há milhares de anos, as tribos aprenderam os muitos passos necessários para desintoxicá-la completamente: raspar, ralar, lavar, ferver o líquido, deixar a massa repousar por dois dias e depois assar.

(2002), a liberação do cianeto da mandioca se dá no momento em que o tecido vegetal é dilacerado, então a linamarina é hidrolisada enzimaticamente por β-glicosidase (linamarase), a qual é separada do glicosídeo no tecido intacto, por ser localizada em lugar distinto da célula.

Para consumo humano, as cultivares devem apresentar menos de 50 ppm ou 50mg de ácido cianídrico (HCN) por quilograma de raízes frescas. O teor de HCN varia com a cultivar, com o ambiente e com a idade de colheita, que é um fator decisivo na escolha da cultivar de aipim.

Muito tempo de aprendizado foi necessário até a descoberta de que, para retirar totalmente o ácido cianídrico presente na folha, seria necessária a fervura da maniva por sete dias, para que houvesse a volatização da toxidade, e assim, domesticá-la.

O ácido em questão é extremamente volátil, por isso é facilmente eliminado diante de aquecimento e trituração.

A substância tóxica da mandioca é conhecida como glicosídeo cianogênico. No entanto, ela é encontrada em menor quantidade na mandioca-mansa. A mandioca crua não deve ser consumida, e mesmo quando mal cozida, ela pode apresentar toxicidade.

São consideradas como mansas ou de mesas as raízes que apresentam menos de 50 mg de HCN/kg de raiz fresca sem casca; moderadamente venenosas: 50 a 100 mg de HCN/kg de raiz fresca sem casca; e bravas ou venenosas: acima de 100 mg de HCN/kg de raiz fresca sem casca.

Afinal, é através dos testes de laboratório que se pode avaliar o teor do ácido cianídrico presente na mandioca. Ambos os tipos têm esse ácido; a diferença é que a mandioca brava tem uma concentração muito maior, tanto que chega a ser extremamente tóxica a humanos e animais.

Ela pode também ser utilizada na adubação de cobertura, como adubo foliar, no preparo de compostagem e na fertirrigação. Ela pode substituir adubos químicos como a ureia, superfosfato simples e o cloreto de potássio, pois contém naturalmente esses nutrientes, podendo ainda ser utilizada em qualquer cultura.

Uma intoxicação com este ácido provoca um envenenamento imediato e, geralmente mortal. O veneno combina-se com a hemoglobina, bloqueando o transporte de oxigénio e consequentemente a respiração interna. Em casos ligeiros, deve-se dar imediatamente oxigénio e chamar o médico.

R$ 2.666,00

A estimativa do custo total, por hectare, da mandioca cultivada por pequenos produtores, é de R$ 2.666,00 (Tabela 1).

Pode ser encontrado em algumas espécies de mandioca e em sementes de frutas como maçã, cereja, alperce, pêssego e amêndoas.

“O curioso é que o herbicida mais famoso e mais vendido do Brasil (glifosato) não está autorizado para a mandioca”, explica.

O inseticida biológico seletivo à base de Bacillus thuringiensis tem mostrado grande eficiência no controle do mandarová, principalmente quando aplicado em lagartas jovens.