Como a paixão age?

Perguntado por: arodrigues . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Como a paixão age no cérebro? Ao se apaixonar, os níveis hormonais são alterados e isso causa um grande estresse ao cérebro e ao organismo como um todo. Assim, para a psicóloga, as alterações neurais são muito parecidas com as de pessoas que sofrem de TOC (transtorno obsessivo compulsivo).

Envolve gostos, cheiros, memórias e sensações particulares. Mas os sinais típicos desse sentimento, como palpitação, frio na barriga, suor, brilho nos olhos, leveza e perda de fome e sono, também têm uma base hormonal. Glândulas e neurotransmissores são responsáveis pelas mudanças do corpo e da mente nessa fase.

Alguns dos sinais comuns incluem dificuldade de concentração, gastos excessivos com o amado(a), pensamentos obsessivos, oscilações de humor e discurso centrado na pessoa amada.

O coração bate com mais força e intensidade, você sente menos sono e até mesmo o sistema digestório se altera. Os níveis de serotonina, por sua vez, caem em até 40% . Justamente ela, que é a responsável por nos acalmar e trazer a velha e boa sensação de bem-estar.

A pessoa apaixonada pode transitar entre sensações de euforia, aumento de energia, insônia, perda de apetite e até sentir desespero quando a relação passa pelo menor dos percalços.

Existem vários sinais que indicam se o que você sente por alguém é amor ou luxúria. Preste atenção: quando você sente só luxúria, a atração é principalmente física. Não há muita profundidade nesse sentimento. Em contraste, a atração física em um relacionamento amoroso conta com mais emoção.

Uma paixão pode virar amor, assim como pode virar obsessão, ou virar... nada! Continuar paixão, assim mesmo, sem razão de ser, porém não menos importante. O amor também pode começar de uma hora para outra e continuar evoluindo e se firmando a cada gesto, a cada palavra do outro.

30 meses

Segundo um estudo da University College, de Londres, a paixão dura entre 18 e 30 meses.

Essa produção fora do comum explica a sensação causada de ter o corpo e a mente fora de controle. Diz-se que "rolou uma química" quando as duas pessoas são afetadas por esta produção hormonal, os chamados feromônios, hormônios que, nos animais, se destina a estimular a escolha de um parceiro e o acasalamento.

A libido masculina tem raízes em duas áreas cruciais do cérebro: o córtex cerebral e o sistema límbico. Essas regiões desempenham um papel fundamental no desejo e no desempenho sexual do homem, a ponto de a satisfação sexual poder ser alcançada apenas por meio de pensamentos ou sonhos.

A atração é impulsionada pelos mesmos caminhos cerebrais que controlam a sensação de recompensa. Dessa forma, isso explica o motivo pelo qual os estágios iniciais de um relacionamento podem ser tão estimulantes. Afinal, a dopamina é produzida e causa uma sensação de euforia quando estamos perto das pessoas que amamos.