Qual é a taxa de desigualdade social no Brasil?

Perguntado por: agarcia . Última atualização: 8 de julho de 2023
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Saiba Mais. Entre os 5% mais pobres, a renda média mensal per capita foi de R$ 87 em 2022. Esse valor representa uma expansão de 102,3% em relação aos R$ 43, de 2021. Na faixa seguinte, entre os 5% e os 10% com menores rendimentos, o aumento foi de 47,5%, para R$ 239.

Marcas da desigualdade
Entre os brancos, a taxa de pobreza social era de 19,4% em 2021, enquanto o percentual entre os pretos, pardos e indígenas chegou a 38,9%. No Nordeste do país, a taxa de pessoas abaixo da linha da pobreza era de 36,4%.

A desigualdade social no Brasil
Os dados mostram que o rendimento mensal dos 1% mais ricos do país é quase 34 vezes maior do que o rendimento da metade mais pobre da população. Ainda, o estudo mostrou que a renda dos 5% mais pobres caiu em 3%, enquanto a renda dos 1% mais ricos aumentou em 8%.

Com melhora do emprego e Auxílio Brasil, desigualdade cai em 2022 para menor nível da série histórica. Após crescer em 2021 para 0,544, o índice de Gini — número que mede desigualdade de renda — do rendimento médio mensal domiciliar per capita caiu em 2022, atingindo a marca de 0,518, o menor da série histórica.

Estimativas mensais mostram que o rendimento habitual médio real em abril de 2023 (R$ 2.909) foi 0,5% menor que o observado no mês anterior (R$ 2.923) e 0,6% menor que o registrado em dezembro de 2022 (R$ 2.928). A renda efetiva também cresceu 7,1% na comparação interanual.

A taxa de extrema pobreza foi de 6,4% nesse último ano. Pablo Lira explica também que, em 2014, a taxa de miséria alcançou 5,5%, o menor nível da série histórica. Já em 2021, a taxa atingiu o maior patamar dos últimos dez anos, chegando a 9,4% da população brasileira.

As desigualdades sociais por cor ou raça seguem evidentes no mercado de trabalho. A desocupação, a subutilização e a informalidade continuam atingindo mais pretos e pardos do que os brancos. Em 2021, as taxas de desocupação foram de 11,3% para os brancos, de 16,5% para os pretos e de 16,2% para os pardos.

Entre elas podemos destacar a falta de investimento em educação, saúde e infraestrutura, a desigualdade salarial, a discriminação de gênero, raça ou etnia, e a falta de oportunidades de emprego para os grupos mais vulneráveis. Políticas públicas inadequadas também contribuem para a perpetuação da desigualdade social.

Se você se pergunta quais são os três maiores problemas sociais no Brasil hoje, nossa resposta é que muito maior que esse número. Pobreza, desemprego, desigualdade de oportunidades, racismo e desnutrição são alguns dos principais problemas sociais no Brasil.

As regiões com maiores desigualdades sociais no mundo são a África e o Oriente Médio. Na Europa, a renda dos 10% mais ricos representa cerca de 36%% do total, enquanto no Oriente Médio e Norte da África, ela atinge 58%, número similar ao do Brasil.

A desigualdade de renda no Brasil alcançou, em 2022, o menor patamar da série histórica da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua), iniciada em 2012 pelo IBGE.

África do Sul

A África do Sul é o país mais desigual do mundo e o aspecto racial é um dos fatores determinantes, em uma sociedade onde 10% da população detém mais de 80% da riqueza, segundo um relatório do Banco Mundial publicado nesta quarta-feira (9).