Qual é a principal causa do desmatamento da Caatinga?

Perguntado por: fguimaraes . Última atualização: 25 de setembro de 2023
4.1 / 5 11 votos

De acordo com os dados do monitoramento, a principal causa da destruição da Caatinga deve-se à extração da mata nativa, que é convertida em lenha e carvão vegetal destinados principalmente aos pólos gesseiro e cerâmico do Nordeste e ao setor siderúrgico de Minas Gerais e do Espírito Santo.

“Os maiores aumentos proporcionais de 2020 para 2021 de desmatamento ocorreram na Caatinga (88,9%) e no Pampa (92%). No caso da Caatinga, o aumento é causado em parte pelo aprimoramento da detecção dos alertas”, detalha o documento. Em todo o País, foram perdidos 16.557 hectares de mata nativa.

O desmatamento da Caatinga é um problema ambiental de grave impacto e está associado, principalmente, ao processo de desertificação da região Nordeste do Brasil.

Desde o início das ocupações da Caatinga, foram adotadas práticas agrícolas que contribuíram para acelerar sua degradação, como: a supressão da vegetação nativa, uso indiscriminado do fogo, uso de insumos químicos, plantios em margens de rios e açudes e pastoreio excessivo.

A pesquisa revelou ainda que a Caatinga foi o terceiro bioma mais destruído no ano passado e apresentou um aumento de 22,2% no número de desmatamento, em relação a 2021, com uma área total desmatada de 140.637 hectares.

Além disso, a perda das florestas é um dano que só aumenta a cada dia, principalmente em consequência das ações humanas.

  • Extração ilegal de madeira. ...
  • Agricultura. ...
  • Pecuária. ...
  • Queimadas. ...
  • Atividades de mineração. ...
  • Construção de usinas hidrelétricas. ...
  • Expansão urbana.

Dados sobre o desmatamento no Brasil
Juntos, Amazônia, Cerrado e Caatinga responderam por 96,2% das perdas em 2021, seguidos pela Mata Atlântica que registrou 30.155 hectares desmatados no mesmo ano.

As causas do desmatamento são diversas e, em sua maior parte, compostas por atividades humanas que provocam ou intensificam a ocorrência desse problema. Alguns exemplos são aumento da atividade agrícola, mineração, exploração dos recursos naturais, urbanização e queimadas, acidentais ou intencionais, entre outros.

A Caatinga é um ambiente altamente susceptível à desertificação, processo caracterizado pela perda progressiva da cobertura vegetal, causada por ações antrópicas, como desmatamento e desflorestamento, associadas a intervenções naturais. Segundo dados do MMA, já foi desmatada cerca de 46% da sua área total.

É principalmente provocado pelos humanos (de forma criminosa ou por negligência), mas também pode ter origens naturais (raios). Além de queimar a vegetação nativa e de agricultores, os incêndios florestais podem queimar lavouras, pastos, áreas naturais, casas e instalações rurais.

Atualmente, a Caatinga está fracamente representada na rede brasileira de Unidades de Conservação com somente 1% em Unidades de Conservação de Proteção Integral e 6% em Unidades de Conservação de Uso Sustentável.

O desmatamento, tanto em 2021 e 2022, está relacionado à supressão da vegetação da caatinga para instalação de atividades agropecuárias, no oeste da Bahia, MATOPIBA, ao longo do Vale do São Francisco e também área no interior de Pernambuco, do Piauí e do Ceará.

A forma ideal de uso da Caatinga para fins econômicos é por meio do extrativismo sustentável, seja pela extração de frutos ou lenha, seja como ambiente para criação de animais sob estrito controle da quantidade de cabeças por área.

Um dos maiores problemas relacionados ao crescente desmatamento na Caatinga é a degradação das terras e o aumento da vulnerabilidade do bioma ao processo de desertificação.